Still do ilme “L’amar” (2003), dirigido por Sandra Alves
Still do filme “O preço da ilusão”(1958). Primeiro registro de uma mulher na equipe técnica de um filme catarinense. O nome da continuísta ainda é desconhecido.
Edla von Wangenheim. Nascida em Itajaí, cineasta e fotógrafa formada na Alemanha. Fez filmes entre as décadas de 1920 e 1940. Considerada uma das pioneiras do cinema no Brasil. Sua história marca o início da linha do tempo na exposição
Pranchas do expográfico com mobiliários acessíveis e interativos desenvolvidos por Júlio Gubert. Entre eles, linha do tempo, balcões para os equipamentos e brinquedos ópticos, dispositivos de cinema e jogos.
EXPOSIÇÃO CINEMA MULHER: CORRENTES E CONFLUÊNCIAS
DO CINEMA CATARINA
abertura: 30/10
visitação: 30/10 a 30/12/2025
aberta para visitação com mediação nos dias da mostra
horários: 09-12h e 14 -17h
Local: Museu Municipal Andreas Thaler
A exposição convida o público a navegar pela história do cinema catarinense a partir da trajetória de mulheres. Em uma viagem que combina memória, técnica e criatividade, a Mostra.doc propõe, a partir da metáfora do movimento das águas, uma experiência sensorial e interativa para conhecer melhor o cinema produzido em Santa Catarina, com seus caminhos e transformações.
Ao abordar uma lacuna na historiografia do audiovisual em Santa Catarina, a exposição reflete sobre as histórias das mulheres realizadoras de cinema. Isso tem uma dupla relevância: valorizar a história e a cultura do cinema catarinense como patrimônio cultural e promovê-la de forma democrática. Sua estrutura e metodologia também visam a fomentar a produção e a circulação cultural em Santa Catarina.
Uma linha do tempo traz alguns dos principais marcos e nomes dessa trajetória, com curiosidades e obras que construíram a história audiovisual do Estado. O público conhecerá o pioneirismo de Edla von Wangenheim que, a partir da década de 1920, registrou a vida em Florianópolis e no interior, e o papel fundamental de mulheres como Eglê Malheiros, que foi corroteirista do primeiro longa-metragem catarinense, “O Preço da Ilusão” (1958). A narrativa acompanha o crescimento da produção local, que nos anos 1980 viu um notável aumento de filmes dirigidos por mulheres como Lena Bastos, homenageada da Mostra.doc, Maria Emília de Azevedo e Sandra Alves, além de destacar o protagonismo de realizadoras que se firmaram a partir dos anos 2010, como Cíntia Domit Bittar - vencedora do Goes to Cannes em 2025 com o filme “Virtuosas”.
Dispositivos interativos, brinquedos ópticos e jogos educativos fazem parte da exposição e convidam à participação ativa, permitindo que cada visitante descubra e experimente processos de criação, percepção e projeção de imagens em movimento. O cinema analógico também é celebrado com projeções em Super 8mm, e outros equipamentos de cinema históricos, revelando as tecnologias e práticas de produção e exibição que moldaram o cinema ao longo do tempo.
Um convite para observar a história, tocar, brincar, projetar e interagir com o cinema em uma experiência viva, um território em que mulheres, geografias e imaginações se encontram.
A exposição teve a expografia desenhada por Júlio Gubert pensando em todas as estaturas e promovendo a acessibilidade. Além disso, haverá mediação para escolas e público em geral durante os dias da Mostra.doc, que ocorre na parte inferior do Museu Andreas Thaler, em Treze Tílias.
A exposição foi curada e construída por Blenda Trindade, Fernanda Ozório e Gabi Bresola especialmente para a Mostra.doc a partir da pesquisa “Realizadoras do cinema em SC: pioneirismos” (projeto idealizado pela Volo Filmes e realizado em 2025 por Ally Collaço, Blenda Trindade, Fernanda Ozório, Gabi Bresola e Juliano Pfutzenreuter Nunes).