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MEMORIAL ROGÉRIO SGANZERLA É INAUGURADO EM JOAÇABA

Espaço dedicado à obra do cineasta recebe visitantes na Casa de Cultura da cidade

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O Memorial Rogério Sganzerla é um espaço fixo de exposição, inaugurado neste ano (2025) na Casa de Cultura Rogério Sganzerla, Centro de Joaçaba/SC. Tem como objetivo evidenciar a trajetória de Rogério Sganzerla, cineasta que fez história no cinema brasileiro, nascido em Joaçaba. No espaço é possível conhecer a bibliografia e filmografia, além de objetos cinematográficos e um pequeno arquivo de escritos esparsos que compuseram sua obra.

O evento de inauguração ocorreu na semana de aniversário de Rogério Sganzerla e marcou o fim da programação da Mostra Fita de Cinema e agora está preparado para receber turmas de escola, visitantes e turistas que chegarem a cidade.
Abaixo a cronologia de vida de Rogério, peça em exposição no Memorial: 1946
 Rogério Sganzerla nasce em Joaçaba, no interior de Santa Catarina, no dia 4 de maio.

1954
Publica seu primeiro livro na infância, “Novos contos”, uma edição independente feita na tipografia de Joaçaba. Na mesma época em que faz shows de mágica no quintal de casa, vai ao cinema diversas vezes e começa a escrever em pequenos pedaços de papel.

1964
Muda-se para São Paulo para cursar as faculdades de direito e administração. Inicia a atividade de crítico 
de cinema no Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo.

1966
Com 20 anos, dirige, produz e roteiriza seu primeiro filme, “Documentário”, um curta-metragem de ficção.

1967
O curta-metragem “Documentário” recebe o Prêmio JB Mesbla de Melhor Curta, o que lhe dá direito a ir ao Festival de Cannes. No retorno de navio ao Brasil, Rogério lê nos jornais brasileiros a bordo as notícias sobre um fora da lei conhecido como Bandido da Luz Vermelha,  que agia em São Paulo. Como vinha escrevendo um roteiro sobre um criminoso de traços semelhantes, decide adaptar sua história à daquele personagem tão frequente na crônica policial da época.

1968
Realiza “O Bandido da Luz Vermelha”, seu primeiro longa-metragem, um dos mais premiados filmes 
brasileiros de todos os tempos. Posteriormente, na condição de clássico, é indicado pela Unesco 
como Patrimônio Cultural da Humanidade. Na filmagem, inicia sua relação com Helena Ignez, atriz que é ícone do Cinema Novo e que se tornou sua parceira artística e afetiva por toda a vida.

1969
Lança “A Mulher de Todos”, seu segundo longa metragem, estrelado, entre outros, por Helena Ignez, 
Paulo Villaça e Jô Soares. Sucesso de bilheteria. Ao apresentá-lo no Festival de Cinema de Brasília de 
1969, aproxima-se de Júlio Bressane, que exibia seu “O Anjo Nasceu”. No mesmo ano, realiza dois filmes com a co-direção de Álvaro de Moya: os curtas “HQ” e “Quadrinhos no Brasil”.

1970
Em parceria com Júlio Bressane e Helena Ignez, funda a produtora Belair – que em apenas três meses realiza seis filmes. Sganzerla dirige três deles: “Copacabana Mon Amour” (com trilha original de Gilberto Gil), “Sem Essa, Aranha” e “Carnaval na Lama (ou Betty Bomba, a Exibicionista)” - o último com partes filmadas em Nova York. Exilado, Rogério Sganzerla segue com Helena Ignez para Londres. Depois, para Marrocos, Argélia, Tunísia, Níger, Nigéria, Daomé (atual Benin) e Senegal, onde o casal se estabelece por algum tempo.

1971
No deserto do Saara, filma o documentário inacabado “Fora do Baralho”. Em 1972, e outubro nasce Sinai, sua primeira filha com Helena Ignez.

1976
Em 27 de fevereiro nasce Djin, sua segunda filha com Helena Ignez. Realiza o curta-metragem documental 
“Viagem e Descrição do Rio Guanabara por Ocasião da França Antártica (Villegaignon)”, premiado pela 
Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro. Também em 76, dirige “O Abismo”, primeiro longa após um considerável intervalo. Na verdade, é o único lançado entre 1971 e 1985. No elenco, Zé Bonitinho, Norma Bengell, Wilson Grey e José Mojica Marins (Zé do Caixão).

1978
Realiza o curta-metragem “Mudança de Hendrix”. Participa como co-diretor e montador do filme “Horror 
Palace Hotel”, de Jairo Ferreira.

1980
Realiza o curta-metragem “Noel por Noel”, primeiro filme seu sobre Noel Rosa. Edita “Um Sorriso, Por Favor”, filme de José Sette sobre o universo gráfico de Goeldi.

1981
Lança o curta-metragem “Brasil”, com participação de João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil, e “A cidade do Salvador ( O Petróleo Nasceu na Bahia)”, curta-metragem sobre as relações de poder entre classes, no contexto sociocultural da Bahia, com base na história da exploração do petróleo no estado.

1983
Lança o documentário “Irani” registrando o evento que marca o aniversário da Guerra do Contestado, na cidade de Irani - oeste de Santa Catarina. O documentário “A cidade do Salvador (O Petróleo Nasceu na Bahia)" é lançado e premiado nos Festivais de Caxambu e Gramado.

1986
Lança o longa-metragem “Nem Tudo É Verdade” com Arrigo Barnabé interpretando Orson Welles. Trata-se do início de sua tetralogia sobre a vinda de Orson Welles ao Brasil em 1942. No ano seguinte, 1987, acontece a 1ª Mostra do Novo Cinema Catarinense, em Joaçaba, e o lançamento no sul do país do filme “Nem tudo é verdade”.

1990
Dirige o curta-metragem “Isto é Noel Rosa”. Realiza dois vídeos sobre artistas plásticos: “A Alma do Povo Vista pelo Artista” (sobre Newton Cavalcanti) e “Anônimo e Incomum” (sobre Antônio Manuel). Em 1991, realiza o curta-metragem “Linguagem de Orson Welles”.

1992
Dirige o episódio “Perigo Negro”, que integra o longa-metragem “Oswaldianas”, com curtas baseados em escritos de Oswald de Andrade.

1998
Lança oficialmente seu livro “Por um cinema sem limite”, uma coletânea de artigos, críticas e textos escritos por ele desde os anos 60 até os 90, abrangendo reflexões sobre linguagem cinematográfica, manifesto do cinema independente e comentários sobre diretores que o influenciaram.

2003
Conclui “O Signo do Caos”, o último da tetralogia sobre a vinda de Orson Welles ao Brasil, lançado e premiado no Festival de Brasília. É seu último filme. 

2004
Falece no dia 9 de janeiro. Deixa uma obra extensa de filmes e muitos escritos, na qual há roteiros não filmados, como o do longa-metragem “Luz nas Trevas: a revolta de luz vermelha”, como continuação da trajetória do “Bandido da Luz Vermelha", que é finalizado sob a direção de Helena Ignez e Ícaro Martins em 2010.

O Memorial Rogério Sganzerla é aberto de segunda a sexta, das 8h às 19h.
Mais informações e agendamentos pela Casa de Cultura Rogério Sganzerla e pelo telefone (49) 3521-2827
 
 
 

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